A Câmara Municipal de Castro realizou na noite de sexta-feira, dia 7, a Sessão Solene de outorga de Título de Cidadão Honorário e Benemérito de Castro. A cerimônia aconteceu no Teatro Bento Mossurunga e homenageou Eny Beck, Gustavo Mandalosso, Hércules William Marques Ferreira e Walter Lopes com o título de Cidadãos Honorários e Irineu Graciano Alves com o título de Cidadão Benemérito de Castro. O Vereador Gerson Sutil esteve presente e prestou uma linda homenagem a Senhora Eny Beck.
Dona Enyzinha, como carinhosamente é chamada e conhecida por todos, nasceu em maio de 1938, na cidade de Taquara, Rio Grande do Sul. Irmã mais velha de cinco irmãos, desde cedo aprendeu o que é ser responsável, pois ajudava seus pais nos cuidados com os irmãos mais novos, além de estudar, auxiliar nas tarefas domésticas e tecer cadeiras de palha para aumentar a renda da família.
Casou-se com Júlio Beck no ano de 1956, e, em 1957, nascia o primeiro filho do casal: Cesar Augusto Beck.No ano de 1965, já com seus três filhos: Cesar, Maria Izabel e Gerson, seu esposo veio para o Paraná, sem destino certo e, por ocasião de uma conversa com um passageiro do ônibus em que estava (Senhor José Vinhas), tomou a decisão de vir para Castro.
Voltou a Novo Hamburgo para buscar a família e, no veículo em que vieram, além da mudança, trouxeram o que coube de pares de sapatos, uma idéia que, com certeza, deu certo, pois, no dia 12 de outubro de 1966, inauguraram a Casa Gerson.
Devido a dificuldades financeiras, decidiram retornar a Novo Hamburgo,e, enquanto Dona Eny e seus filhos se reestabeleciam no Rio Grande do Sul, seu esposo tentava vender a loja de calçados. Nessa tentativa, liquidando os produtos, atraiu muitos clientes e a loja prosperou. Esse fato os trouxe de volta a Castro, e, desde essa ocasião, os negócios só melhoraram. Prova disso, é que hoje, os negócios da família Beck abrangem 04 lojas e empregam cerca de 70 funcionários.
Dona Eny e seu esposo sofreram um terrível baque quando seu filho mais velho, Cesar, veio a falecer, aos 21 anos de idade, em um acidente automobilístico. Mas, apesar da perda, mantiveram a união característica de sua família e, com a ajuda de Deus e de seus amigos, superaram essa dor. E, no ano de 2003, perdeu seu esposo, Sr. Julio.
Dona Eny sempre frisou que, a família unida é o que mais importa em sua vida, e sempre lutou para manter todos seus queridos por perto, prova disso é que, apesar de sua filha, Maria Izabel e de seu filho Gerson terem, em diferentes momentos da vida, mudado-se para outras cidades, retornaram para Castro e permanecem, até hoje, ao lado de sua mãe e seus familiares.
Além da união da família, Dona Eny sempre destacou a importância da presença de Deus em seu lar e, acredita que esse é um dos fatores de sua prosperidade, pois a ética, a dignidade e a fé são muito maior que qualquer bem material que possa ter adquirido no decorrer de sua vida.E, como costumava dizer seu falecido esposo, Sr. Julio, em citação à um pensamento de Dom Bosco:
“Eu nunca disse que seria fácil, apenas disse que valeria a pena.”
Gerson Sutil
Vereador
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